segunda-feira, 29 de setembro de 2014

O SILENCIO DAS PALAVRAS

Sinto um enorme silencio,
silencio de estrelas,
silencio do universo.
Antes que tudo fosse
Existia um silencio profundo
A vida deslizava-se
através desse hiato misterioso.
E então, começou o pensamento
E o pensamento gerou a vida
E a vida me fez poeta,
poeta do silencio e da melancolia,
do sofrimento e da solidão,
do mutismo transcendente
e da felicidade etérea.
As palavras geram vida
com o vai e vem do vento
Vento de emoções
Vento de sofrimentos
Antes das palavras
Existia o vento
E um misterioso e profundo

silencio.

SÃO PAULO DE MIL ROSTOS






UMA PARTE DA HISTÓRIA PAULISTANA: MUSEU DA CASA BRASILEIRA.

Encravado na Avenida Brigadeiro Faria Lima, no Jardim Europa, encontra-se a antiga residência da família Crespi da Silva Prado. Nos anos 40, Fábio da Silva Prado, pertencente a aristocracia paulistana construiu esta casa para sua residência. O ex-prefeito da cidade e sua mulher, Renata Crespi eram figuras importantes na sociedade Paulistana. E agora ela abriga o museu de moveis históricos da cidade. Uma galeria de cadeiras, camas, guarda roupas, oratórios e cômodas dos séculos XVIII, XIX e XX estão expostos nas grandes salas da residência.
No segundo andar, fotografias, relíquias e prataria da família estão expostas contanto um pouco sobre uma parte da história social da cidade.
No andar térreo, uma exposição específica sobre arquitetura. Esta vez, a exposição da famosa arquiteta Lina Bo Bardi. Um retrospecto sobre sua participação em exposições no Masp nos anos 50, 60 e 70. Muito interessante.
Um restaurante e um café complementam a estrutura do prédio. No imenso jardim, bancos de madeira esculpidas em diversas figuras e tamanhos complementam o charmoso e idílico lugar.

O museu é um lugar onde a reflexão sobre a memória paulistana está na ordem do dia. Um lugar interessante para conhecer, mesmo que rapidamente, o desenvolvimento social da cidade.

sábado, 27 de setembro de 2014

ALMA, A FILHA DO DESTINO ( CAP. V PARTE VII)



Naquela tarde, Joan e Claire voltaram para a loja de Madame Brigny. Entraram pela porta principal mas a Madame não estava por trás do balcão. Então, Joan tocou a campainha para ser atendida. Elas esperaram um pouco quando, a porta lateral da loja abriu-se e apareceu um jovem alto, com algumas caixas na mão. Era magro, alto, branco, de cabelos castanhos, olhos escuros e de olhar profundo.
- Pois não? – disse colocando as caixas no chão.
- Gostariamos de falar com Madame Brigny, por favor.- disse Joan.
- Ela não está neste momento. Posso ajuda-las. – Os olhos profundos dirigiram-se à Claire. Esta corou imediatamente.
- Bem, nos estivemos aqui no outro dia e ela ia nos dar alguma informação sobre essências e aromas. Estamos interessadas no assunto – continuou Joan.
- Bem, terão que esperar. Ela deve demorar mais quarenta minutos mais ou menos. Mas fiquem a vontade, eu só estou mudando estas caixas e já volto.
- Claro, obrigada. – Disse Joan novamente.
As meninas se olharam surpresas. Não esperavam encontrar um jovem na loja.
- Deve ser um empregado da Madame – disse Joan em um sussurro.
Claire assentiu com a cabeça e continuou olhando as essências. Joan continuava curiosamente sua incursão pelo estante de aromas e ervas, Claire foi atraída pelos diversos cheiros de aromas que vinham da porta lateral da loja. Lentamente, ela aproximou-se do canto e pelo canto da porta pode ver o rapaz mexendo algumas garrafas de vidro e cheirando uma a uma. Ela viu a cena extasiada, tanto pelo cheiro das essências como pela delicadeza em que o rapaz parecia misturar os líquidos aromáticos.
De repente, ele percebeu sua presença e sorriu para ela.
- Pode entrar? Estou misturando essências para fazer perfumes.
- Des...desculpe, eu não queria te perturbar.
- Não está perturbando. Venha, vou lhe mostrar as essências.
Claire observou as garrafas com cuidado.
- Cheira elas. Olha esta. O que me diz do cheiro?
- Hum, deliciosa, algo selvagem, não?
- Exatamente. É PAMMOU, essência de uma erva tropical das Ilhas Maurício.
- Que maravilha! Tem cheiro de floresta agreste e suave!
- Nossa, vejo que você entende de ervas, onde aprendeu?
- Com os índios do Brasil. Eles me ensinaram
O jovem ficou surpreso, agradavelmente surpreso. Não era todo dia que aparecia uma jovem tão exótica e tropical diante dele.
- Então você é brasileira?
- Sim, nasci no Brasil.
- E por acaso, usou algumas ervas na sua pele? Percebi que tem uma pele brilhante, é muito raro.
- Sim, na tribo me ensinaram a misturar algumas ervas para passar no rosto e no corpo todo.
- Interessante! – os olhos do rapaz brilhavam de entusiasmo.
Claire sentia-se bem a vontade com ele e esquecera até da amiga que permanecia na loja.
- Cheira esta garrafa. É VANILHA do Taiti. É uma orquídea rara da Polinésia Francesa.
- É muito exótica mesmo. É suave e forte ao mesmo tempo.
- Sim, esta é a tradicional LAVANDA da Provence.
- Esta essência eu conheço. Uso muito em casa. Meu pai gosta muito também.
- Seu pai é brasileiro?
- Não, é francês, é o meu pai adotivo. Meus pais já faleceram, no Brasil.
- Sinto muito.
Nesse momento, uma voz gritou desde a loja.
- Claire....Claire....onde você está?
Claire colocou a garrafa encima da mesa e disse sorrindo.
- Desculpe, vou ver a minha amiga. Eu, esqueci dela, acredita?
- Sim, ..claro....mas  como é o seu nome? – disse enquanto  a garota já saia pela porta.
- Claire...Claire Dupont.
- Prazer, eu sou Henri...
No momento em que Claire entrou para a loja, Madame Brigny acabava de chegar.
- Bom jour meninas..
- Bom Jour, Madame...Viemos visita-la
- Mas que prazer. Eu tive que sair fazer algumas diligencias rotineiras. Aceitam um chá?, um café?
- Um chá está bem – disse Joan olhando para Claire, e quando a senhora entrou pela porta lateral onde encontrava-se Henri, ela olhou para a amiga com olhos curiosos – onde você esteve? Achei que tinha ido embora.
- Eu entrei naquela porta para ver as essências. O rapaz..
Nesse momento, o jovem entrava com algumas garrafas na mão.
- Claire, achei mais duas garrafas que queria te mostrar. Olha esta, é Jazmin de Madagascar e esta é a famosa CALÊNDULA AFRICANA. Nós a chamamos de NOIR AFRICAINE.
Claire cheirou as essências e sorriu satisfeita.
- Adorei a CELÊNDULA....Cheira, Joan.
- Que cheiro delicioso!
Nesse momento, Madame Brigny entrava com as xicaras de chá.
- Ah, vejo que já conheceram o meu filho, Henri.
Claire olhou para a dona da loja um tanto surpresa.
- Filho?
- Sou Henri Brigny, prazer novamente Claire Dupont.

ENIGMA





Soy mar
y soy viento
Soy un poco estrela
y soy lamento.
Existo en el silencio
Vibro en la multitud
Soy recuerdo sin dueño
Y a veces, ensueño
Soy piedra y soy lágrimas
Soy felicidade radiante
Soy energia y soy fuego
Soy alegría inebriante
Soy a veces quimera
Y a veces fantasía
Soy realidad inacabada
Soy efímera melancolía
Soy, tal vez, el último rayo de sol
Soy caleidoscópio de colores,
entre hojas verdes y flores.
Soy primavera y sonrisas
Soy invierno y silencio
Soy otoño que medita
Y verano que se agita
Soy, enfin, toda contadicción
Porque soy humano
Soy esencia y soy niebla
Soy mistério incierto
Soy un grano en el universo!

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

EQUINOCCIO



Todo está en su sitio
Las estrellas iluminan
el firmamento.
El sol continua despejando,
su luz fosforescente
La tierra está equidistante,
en su movimiento
Es el equinoccio!
Los astros se alinean
en perfecta armonía
La naturaleza se abre
para un nuevo misterio
Es el equinoccio!
Y así, llega una nueva estación
para iluminar nuestras vidas,
con emoción
Sensación de perenne caminar
Esperanzas e ilusión.