quinta-feira, 31 de agosto de 2017

POSTRIMERÍAS DEL VERANO


Amanecer silencioso
Misterioso y melancólico
Preludio de nuevas emociones
Preludio de una nuevas estaciones

Los luminosos rayos
Del sol de verano
Van despidiéndose a lo lejos
En un tono amarillento y misterioso

Son las postrimerías del verano
Que se llevan vivencias y alegrías
Que dejan recuerdos y fantasías

Y promesas de nuevas vidas.

AGOSTO


A dura terra seca
Esgotada pelo verão
Sol luminoso à espreita
No horizonte, uma vastidão

Agosto se despede
Como um clarão
A Inspiração vem à tona
Pensamento e solidão

A esperança, sempre a esperança
Se mistura com a emoção
A despedida do verão
É apenas uma efêmera sensação.

Enquanto isso o entardecer
Tem cor pálida e serena
Uma suave brisa fresca

Anuncia uma nova estação.

MILAGRO

Y de repente
la inspiración aflora,        
y las flores se abren
en una primavera tardía
Los pensamientos, exaltados
me dirigen hacia lo infinito
En un respiro profundo
Y como un milagro

renace la vida!

quarta-feira, 9 de agosto de 2017

SILÊNCIO


Solidão
na imensa escuridão,
do mar sem fim.
Algumas estrelas tremem
no firmamento dos meus pensamentos
Iluminam com palidez
a noite fria, 
tênue emotividade,
entre segredos e burburinhos
entre devaneios e ansiedades.
Solidão
Na noite escura
do pensamento sem fim
As imagens do passado
vão e voltam com assombro e rapidez
Sensação de interior contenção!
A solidão,
então se transforma
em miraculoso balsamo

de esperança e redenção.

DECLARAÇÃO DE AMOR À LÍNGUA PORTUGUESA

Apesar de nascer e ser criado no mundo do espanhol – minha língua mãe – desvelar os mistérios do português através de sua vasta literatura, da sua complexidade desafiadora e das suas construções gramaticais mirabolantes,  e apesar de todas as dificuldades e durezas, extrai dela a pureza e a delicadeza do seu mistério, como uma flor rara que se encontra por primeira vez e que permite revelar os seus segredos.
Neste exato momento da minha vida cultural, o espanhol e o português são as colunas que sustentam o vasto edifício dos meus pensamentos, dos meus raciocínios, das minhas inspirações literárias. Através da poesia enfrento o mundo; minhas armas são as palavras e o fruto da minha inspiração consciente. Essa consciência vem do mundo interior e exterior, das minhas impressões, das minhas emoções.
Clarice Lispector – e peço permissão para copiar uma frase dela sobre a língua portuguesa- escreveu: “Esta é uma confissão de amor. Amo a língua portuguesa. Ela não é fácil. Não é maleável. E, como não foi profundamente trabalhada pelo pensamento, a sua tendência é não ter sutilezas...”
Que melhor confissão que essa?. Clarice disse que a tendência do Português é não ter sutilezas. É uma língua de uma direção só. Ela não se dá muito bem nas folhagens da gramatica. Ela pertence ao tronco principal. As palavras tem um significado preciso e forte, e direto, e duro. O abstrato do pensamento foge um pouco dela, e é por isso que a Lispector acha que a língua portuguesa é “um verdadeiro desafio para quem escreve tirando das coisas e das pessoas a primeira capa de superficialismo”
Quando aparece um pensamento mais complexo ou complicado, a língua portuguesa reage a ele dando respostas mais sérias e, às vezes, até abruptas. “Às vezes a língua portuguesa se assusta com a imprevisibilidade de uma frase”, continuava Clarice.
Acostumado ao raciocínio e ao pensamento espanhol que, considero mais abstrato que o português, a língua portuguesa me surpreende com um “quê” de ingenuidade, de pureza que não é a mesma coisa que sutileza. O espanhol tem vocabulários riquíssimos para descrever todas as situações da vida humana de forma sistemática e precisa. Com o português, o vocabulário é mais aberto a mais possibilidades de pensamento, como um feixe de luz sobre as sombras do saber.
“Eu até queria não ter aprendido outras línguas: só para que a minha abordagem do português fosse virgem e límpida”
Não existe maior declaração de amor que esta. Clarice entendia no profundo do seu âmago que queria desesperadamente desvendar todos os mistérios da língua, o qual é impossível.
O meu amor à língua portuguesa, sem dúvida tem na Clarice Lispector uma aliada incondicional. A forma como ela elabora os pensamentos profundos usando os signos de pontuação, respeitando o silencio e a complexidade da sua inspiração literária são certamente impressionantes,  mas junto a ela estão alguns expoentes dessa complexidade do pensamento da língua : os poetas Drummond de Andrade, Fernando Pessoa, Adélia Prado, Manoel Bandeira, ou o grande Guimarães Rosa, que nos deixaram frases que resumem aquela “abstração e liberdade de interpretação” que os vocabulário português nos oferece.
Como não sentir admiração com esta frase de Drummond: “Há certo gosto em pensar sozinho. É um ato individual, como nascer e morrer”
Ou, ficar estarrecido com esta frase de Fernando Pessoa: “Às vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido”
Guimarães Rosa me fez pensar pelo menos um dia inteiro com esta frase monumental: “Se todo animal inspira ternura, o que houve, então com os homens?”
“Quero a delicia de poder sentir as coisas mais simples”, de Manoel Bandeira.
Termino com a delicadeza e a profundidade da poetisa mineira Adélia Prado, a quem simplesmente posso dizer que sua poesia é vida, pois há vida quando as palavras chegam até o coração humano:  “Não tenho tempo algum, ser feliz me consome”.

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quarta-feira, 2 de agosto de 2017

ESPAÑOL Y PORTUGUÉS



Al nacer en medio de sus suaves melodías, de su abrupta sinceridad, de su romanticismo embriagante, la lengua española acunó mis primeros pensamientos, mis primeros razonamientos, mis ideas, mis emociones. He construido paulatinamente la pirámide de mi propia literatura en medio del caos de una adolescencia común, y en medio a un mundo difícil y complejo, como cualquier joven de su época.
En la tierna infancia, la idea de lo sobrenatural ha calado hondo en mi alma, era una idea más que necesaria, era una idea que me llevaba a mi propia salvación individual. Y entonces, aprendí el verbo “Amar” en su mayor dimensión. Al amar al Creador, aprendí a amarme a mí mismo, aprendí a amar a los demás y aprendí a comunicarme a través de las antiguas plegarias de mis antepasados. Así aprendí a dilucidar, aunque en forma imperfecta, los misterios que las palabras tienen en la lengua española.
La riqueza del vocabulario la absorbí a través de las fantásticas lecturas de mi tierna adolescencia. En los viajes de Salgari, en las aventuras de Tom Sawyer, en la Isla del Tesoro de Stevenson. Después, algún tiempo después, llegaron los grandes: Cervantes, Neruda, Bécquer, Lorca. Parecía entonces que no necesitaba de ninguna otra lengua más para poder pensar y soñar. Me equivocaba. Descubrí la riqueza que cada lengua tiene escondida a través de los meandros de sus obras literarias.
Entonces, apareció la lengua portuguesa.
Alguna vez, alguien había dicho que el portugués solo era “un español deshuesado”, fácil, cómodo y sencillo de entender. Gran equivocación.
Al entrar en el mundo lusitano del portugués me deparé con una complejidad única. El primer elemento que descubrí en ella fue la armonía y el ritmo suave y delicado de sus vocales, las construcciones elegantes de sus frases, el orden de pensamiento rígido y al mismo tiempo liberador de su gramática, no tardaron en seducirme.
Y cuando tuve entre mis manos las bases de una comprensión considerable, entonces me sumergí en el mundo de la literatura. Descubrí grandes escritores y poetas. Aprendí a amar a Fernando Pessoa, a Manoel Bandeira, a Drummond de Andrade, la sencillez de Adélia Prado, el mundo de Guimarães Rosa y la grandiosidad de Clarice Lispector que había dicho: “Esta es una confesión de amor. Amo la lengua portuguesa. Ella no es fácil. No es maleable. Y como no fue profundamente trabajada por el pensamiento, su tendencia es la de no tener sutilezas y de reaccionar a veces con un verdadero puntapié contra los que temerariamente se atreven a transformarla en un lenguaje de sentimiento y de alerta. Y de  amor. La lengua portuguesa es un verdadero desafío para quien escribe, sobre todo para quien escribe sacando de las cosas y de las personas la primera capa de superficialidad”
 “Ternura” no es igual a cariño, “saudade” no es igual a nostalgia. Pero la palabra “AMOR” sí es igual y se siente de la misma forma.
Este texto es sólo para demostrar mi profundo respeto y mi amor por las dos lenguas que, en este momento de mi formación, son las dos columnas de mis pensamientos. Las demás, siguen como polluelos a la gallina.

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terça-feira, 1 de agosto de 2017

REFLEXIONES DEL COTIDIANO - REQUIEM PARA VENEZUELA

Cuando un país hermano se encuentra sumergido en el caos político-social como Venezuela, la primera impresión que tengo es de una profunda tristeza y caridad para con mis hermanos venezolanos.
Venezuela, otrora un país pacífico, democrático, cuna de grandes artistas, escritores y pensadores, con un potencial cultural y económico notables, ahora se encuentra en plena guerra civil motivado por un gobierno corrupto y populista, dictatorial y anti-democrático.
Este es el real peligro de permitir que un grupo político con un discurso populista, alcance el poder y al llegar a él, hacer todo tipo de desmanes, atropellando el Estado de Derecho y cercenando la libertad de sus habitantes. Más que nunca debemos estar atentos contra este tipo de amenazas de grupos de naturaleza autoritaria y anticonstitucional.
Lamentablemente a Venezuela no le tocó otra alternativa que la guerra civil. Infelizmente, algo esperado. Todo es demasiado triste.

Mis oraciones van por todos los venezolanos que luchan por la restauración de la libertad y la dignidad de su país.


A ESTAÇÃO




O vai e vem da multidão
Correndo para qualquer destino
Milano, Torino, Firenze
Napoli, Venezia ou Trento
Trens que partem e chegam
Como um círculo eterno
Corações aflitos, rostos audazes
Olhando o painel digital, vidas fugazes.
O vai e vem da multidão
Agita a vida da estação
No meio da efervescência diária
de destinos desconhecidos e secretos
Olhos petrificados no painel central
Olhos perdidos nos mistérios
que cada vida traz,
com suas alegrias e amarguras
Suas cores e sorrisos de bom astral
Suas incertezas, seus projetos,
e tudo o que se pode sonhar
Trens que chegam e que vão,
para algum lugar;

do infinito de cada vida fugaz.

ASÍ


Y así               
Como un reflejo de luz,
Como un efluvio de paz
Como una sonrisa fugaz
Tu rostro apareció en mi mente
Para no abandonarme más

Y así
Tu rostro angelical
Me dio la ansiada paz
Mi corazón, ardiente de pasión
Se agitó sin parar.

Y Así
Tu rostro me sonrió
Dulzura inaccesible y fugaz
Y pude ver tu luz
Disipando las sombras
De mis sempiternas dudas


Y Así
Tu rostro permanece en mí
En una perenne alegría

De felicidad segura.

PENSAMIENTOS DE ESTÍO

Pensamientos de estío
Veloces, caliginosos
Reflejos del rabioso sol
del verano esplendoroso

Pensamientos de aquí y de allá,
de cualquier lugar
Rodeados de emociones crudas
Y a veces, de sombras y dudas.

Pensamientos de estío
Rodeados de extraña cordura
Luces y sombras
Nostalgias sencillas y puras

Pensamientos vividos
Rodeados de sonrisas y alegrías
Esperanza que siempre

permanece y dura.

AGOSTO

Calurosos días
de sol y mar
Es Agosto que se presenta
Incentivándonos a vivir y amar



AGOSTO

Giorni caldi
sole e mare
E l'agosto che viene
Incorraggiare noi a vivere e ad amare