quinta-feira, 7 de agosto de 2025

FELICIDADE

 



O que é a felicidade?

 

Talvez esta seja a pergunta mais ouvida em todo o mundo, e talvez as respostas dadas a ela sejam as mais variadas.

Felicidade é um estado intangível do ser. Ou seja ela é um estado de vida do ser humano resultado de suas vivências, experiências e emoções. Também é resultado da sua escolha e principalmente da sua vontade.

A felicidade parecer ser etérea e inatingível quando temos uma noção equivocada dela. Por exemplo: muitos dirão que a felicidade é um estado de bem-estar pleno, de saúde, abundância e euforia. Mas a felicidade pode ser diferente de todos esses elementos mencionados.

Primeiramente a felicidade é temporal e atemporal. Ela não é constante porque segue o pêndulo da vida com sua dualidade existencial do homem. Em segundo lugar, ela pode ser alcançada em qualquer tempo, ou seja, não segue a cronologia da vida humana. A felicidade não é alegria sem limites ou euforia exagerada. Ela é serena, calma e pacífica.

 

Paz – Serenidade – Calma

 

Quantas vezes ouvimos falar de “paz de espírito” Pois bem, essa é a felicidade. Quando a alma encontra paz, mesmo em meio ao barulho e a cacofonia do mundo, essa paz torna-se “calma”, sem surpresas, sem explosões ou lágrimas.

A felicidade tem o seu alicerce na serenidade. Uma vida serena, contemplativa, de profunda lucidez e de uma perfeita expansão de consciência.

É possível ser feliz o tempo todo? Óbvio que não. A felicidade, como já disse antes, não é um estado permanente, mas sim de “momentos” na vida em que a nossa existência atinge os níveis de paz, serenidade e calma.

 

Desapego

 

A virtude do equilíbrio na vida traz uma consciência certa de que a vida é passageira. Tudo passa, tudo flui em uma infinita mudança e transformação.

Quando conseguimos expandir a nossa consciência, percebemos que, quanto mais nos despojamos das coisas que são perecíveis, mais sentiremos os momentos felizes.

A amizade é um exemplo de desapego e de amar o outro, o nosso próximo, com desapego, sem medo as ausências ou as perdas.

Santo Agostinho escreveu que a amizade é a metade da nossa alma. É o coração batendo fora do peito pelo outro. Amar sem limites é um exemplo de desapego da alma.

 

Solitude e Solidão

 

A felicidade também pode ser vivida em plena solitude, que é a virtude de “isolar-se para crescer”. É um estado de estar só com introspeção, paz e autoconhecimento.

Com a solitude começamos uma viagem profunda dentro de nós mesmos; expandimos a nossa consciência e o nosso autoconhecimento. Isso nos produz muita serenidade.....e felicidade.

A solidão tem uma conotação de estar só com sofrimento e de tristeza. Somos obrigados a nos isolar porque não conseguimos viver sem a presença do outro. Não conseguimos a calma e a serenidade que precisamos para viver os momentos felizes.

Os momentos felizes, por tanto, mesmo que sejam efêmeros e curtos, nos proporcionam os elementos que sustentam uma vida plena e satisfeita.

 

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