(A Clarice Lispector)
Que
mistérios escondem
o teu olhar
intrigante,
olhar
fascinante,
de sonhos e
ilusões,
profundezas
e rebeldia
Clarice: pão
e poesia?
Se te dou
pão, me pedes ouro
Me deixas às
portas abertas
Com teus
pensamentos,
para que eu,
perdido, me encontre.
O mistério
da tua alma
é o mistério
que nos arrasa
És uma
esfinge que não se decifra
O teu mundo,
a tua graça!
Liberta-te, liberta-me,
voando para
as profundezas da alma
Com tuas
palavras mágicas no meu ouvido:
Acordo
colorido!
Que estado
de graça
pretendes
experimentar,
Para
traduzir nos teus escritos
o
inatingível barulho das ondas do mar?
Que
mistérios ocultas
no teu olhar
Cheio de
nostalgia?
Clarice: Pão
e poesia.
Apesar do
incerto da existência,
produzes
palavras submersas,
de
melancolia e fantasia,
de filosofia
e euforia!
Pois o
círculo encerra-se
com amor
submergido, excessivo
Habituar-se
à felicidade faz parte da vida
É me juraste
que ela – a vida – era bonita.
Que
mistérios escondes
Clarice:
flor de lis no peito
Para me
envolver com tuas palavras,
em eterna
dicotomia?
Clarice: Pão e poesia!
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