quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

RAZÃO DE VIVER (VII)

 



AMAR. A escritora Clarice Lispector havia escrito uma vez que “amar os outros é a única salvação individual que conheço. Ninguém estará perdido se der amor, e receber, às vezes, amor em troca”. Certamente a Lispector definiu muito bem o amor em todas as suas formas. A entrega é sempre total, nunca pela metade. O amor não é só sentimento, é vontade, é render-se à pessoa amada com total desprendimento de si mesmo. É entrar no lugar do outro em forma total e despretensiosa. É sentir tudo pelo outro, é um pouco “ser o outro”.

O amor é eterno na medida em que assim o desejemos. É tão lindo pensar que, mesmo com a morte do ser amado, ele ainda vive na nossa memória e no nosso coração. Isso faz com que ele seja eterno.

O amor é humano e é divino. Talvez o elo mais visível do amor de Deus pela humanidade seja o amor. Ele nos faz diferentes, nos faz também divinos., nos  faz sentir superiores mas com humildade e uma total falta de egoísmo.

Talvez por isso a perda do amor também é uma experiencia tão dolorosa. Ninguém que amou profundamente e depois perdeu o amor, sentira-se da mesma forma. O sofrimento por amor traz muita dor e muita transformação. Cabe ao próprio ser humano tirar dessa experiencia algo positivo. Sem dúvida, ao viver o amor, já aprendemos muito dele, e mesmo que o percamos, podemos afirmar que ele nos transformou.

Nem todas as pessoas são agradecidas por ter vivido um verdadeiro amor. O agradecimento está muito ligado à experiencia do amor. Um ser humano nunca será completo se não viveu, ao menos uma vez, a experiencia de viver um amor profundo porque esse sentimento e essa vivencia sempre cria raízes profundas na nossa vida, no nosso interior.

AMAR então é uma das principais razões de viver.

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