AMAR. A escritora Clarice Lispector havia escrito uma vez que
“amar os outros é a única salvação individual que conheço. Ninguém estará
perdido se der amor, e receber, às vezes, amor em troca”. Certamente a
Lispector definiu muito bem o amor em todas as suas formas. A entrega é sempre
total, nunca pela metade. O amor não é só sentimento, é vontade, é render-se à
pessoa amada com total desprendimento de si mesmo. É entrar no lugar do outro
em forma total e despretensiosa. É sentir tudo pelo outro, é um pouco “ser o
outro”.
O amor é eterno na medida em que assim o desejemos. É tão
lindo pensar que, mesmo com a morte do ser amado, ele ainda vive na nossa
memória e no nosso coração. Isso faz com que ele seja eterno.
O amor é humano e é divino. Talvez o elo mais visível do amor
de Deus pela humanidade seja o amor. Ele nos faz diferentes, nos faz também
divinos., nos faz sentir superiores mas
com humildade e uma total falta de egoísmo.
Talvez por isso a perda do amor também é uma experiencia tão
dolorosa. Ninguém que amou profundamente e depois perdeu o amor, sentira-se da
mesma forma. O sofrimento por amor traz muita dor e muita transformação. Cabe
ao próprio ser humano tirar dessa experiencia algo positivo. Sem dúvida, ao
viver o amor, já aprendemos muito dele, e mesmo que o percamos, podemos afirmar
que ele nos transformou.
Nem todas as pessoas são agradecidas por ter vivido um
verdadeiro amor. O agradecimento está muito ligado à experiencia do amor. Um
ser humano nunca será completo se não viveu, ao menos uma vez, a experiencia de
viver um amor profundo porque esse sentimento e essa vivencia sempre cria
raízes profundas na nossa vida, no nosso interior.
AMAR então é uma das principais razões de viver.
*******
Nenhum comentário:
Postar um comentário