Levantou o olhar para a distante paisagem Toscana. Viu os ciprestes verdes e elegantes que se moviam lentamente com o vento do outono, como se dançassem uma suave valsa de boas vindas. Além das árvores, também podia apreciar-se uma colina verde e alguns tetos de telhas de cor laranja que brilhavam com o sol da manhã. Tudo parecia calmo e bucólico, do jeito que ele gostava.
Sentou-se na escrivaninha e abriu o computador. Começou a escrever o seu romance de mistério. A cada teclada, ele ia entrando no maravilhoso mundo da escrita e sua alma enchia-se de alegria e uma indescritível sensação de plenitude. Era um escritor, sem sombra de dúvidas. Tinha descoberto há pouco tempo, mas valeu a pena esperar tanto.
O Tempo –pensou – é um maravilhoso presente que a vida nos dá. Basta estar vivo para ser merecedor de este premio. É um estado de graça que nos permite olhar ao incerto futuro sem medos. E a vida, se formos abençoados, nos oferecerá noites serenas, amor no coração, e paz interior.
Ao completar a primeira pagina, e reler o que estava escrito, percebeu esse mistério e esse milagre. Sua mente tinha elaborado pensamentos profundos e pôde expressar na escrita de forma livre e prazerosa.
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