sexta-feira, 28 de agosto de 2020

FALANDO DE FELICIDADE

 

Todos os dias ele é um tema contundente e repetitivo. Abro jornais, revistas, mídias sócias e ela esta em qualquer artigo, em qualquer vídeo na Internet, em qualquer comentário explicito ou não:  A Felicidade!

Mas o que é exatamente a Felicidade?

Lendo e relendo os clássicos da filosofia grega, alguns historiadores e filósofos contemporâneos e muito mais, chego à conclusão que a procura da felicidade é, sem dúvidas, o tema mais discutido do século. De certa forma, nunca até hoje pensei nisso seriamente. Na verdade quando estou concentrado em outros assuntos ou projetos, não dou muita atenção a temas existências por me preservar e autoisolar de questões que podem me fazer perder o sono. Mas agora não, agora estou livre e totalmente a vontade para debater este tema.

Eu sempre pensei, que a procura do Amor fosse a mais importante questão da humanidade. Mas não é mais, agora é só a felicidade. Talvez esses dois assuntos estão ligados, talvez sejam complementares, não sei. O importante é que só se fala em felicidade.

Lembro de uma música que diz: “Felicidade é uma questão de ser”. Bem, isso é muito interessante. Felicidade é ser ou estar, ou são os dois. O que significa exatamente ser ou estar feliz? De certa forma, com o pensamento Kantiano na memória posso dizer que “estar” feliz seria muito mais adequado porque ninguém é feliz o tempo todo. A felicidade é um estado, não uma forma de ser. Então, como ela “está”, devemos procura-la e saber onde encontra-la. Isso não é fácil.

Felicidade é simplesmente chegar a um estado de plenitude, sem trasbordar o copo dessa plenitude, no momento em que nos encontramos e no que fazemos. Pode ser um trabalho, pode ser uma família, pode ser um amor verdadeiro (isto está sempre associado à palavra felicidade). Ou seja, quando nos sentimos “plenos” naquilo que temos e que estamos vivendo nesse momento, nesse estado, então isso é felicidade.

A felicidade não é duradoura nem eterna, ao menos nesta existência, ela é temporal, atípica e inesperada.

Penso que a constante demanda da sociedade atual sobre “ser feliz” o tempo todo é uma pressão incomensurável sobre o homem. E no momento em que aprendemos a identificar a felicidade nos pequenos e inesperados momentos da nossa vida, então alcançamos a plenitude em toda a sua dimensão e a felicidade torna-se uma realidade. Efêmera, porque desaparece em pouco tempo, mas mesmo sendo efêmera nos proporciona um estado de graça incrível.

Mas então se ela é tão efêmera e tão rara que não podemos desfruta-la por muito tempo, vale a pena o esforço em procura-la?. Eis a questão importante e imprescindível de afrontar. Vale a pena sim. Porque quando ela aparece sentimos que vale a pena vive-la e aprecia-la em toda a sua dimensão. Porque nos faz sentir vivos, plenos e cheios de energia vital para enfrentar qualquer desafio do maravilhoso mistério de estar vivo.

 

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