terça-feira, 24 de setembro de 2024

A CONSCIÊNCIA EXPANDIDA (VII PARTE)

 CAPÍTULO III

 

 

“A CONSCIÊNCIA”

 

 

O EU INFERIOR: A porta de entrada

 

A nossa consciência é o nosso “Eu Inferior “ou seja, os nossos sentidos, nossas experiencias de vida, a nossa personalidade, aquilo que pensamos e por que agimos, nossas opiniões, nossos medos, receios e anseios.

A consciência é também a porta de entrada do Subconsciente. Ela bloqueia qualquer pensamento que possa nos expor ao perigo, e através do medo, ela nos alerta sobre qualquer motivo em que a nossa vida é ameaçada por qualquer fator externo.

O medo é útil e necessário para nos deixar em alerta máxima, para que possamos evitar seguir aquele caminho que nos conduz diretamente ao abismo, em todos os sentidos. Mas, quando o medo é paralisante, então ele deverá ser extirpado de nossa existência. Já falaremos mais adiante sobre o medo e como evita-lo para o nosso bem.

Então, o subconsciente – que não distingue pensamentos bons ou ruins – manda tudo para o consciente, e ele, como porta de entrada, bloqueia ou permite que esses pensamentos se façam realidade.  Muitas vezes focamos tanto num pensamento oposto ao que desejamos – por medo – que ele acontece, justamente porque não o bloqueamos, e sim permitimos que ele se manifeste em nós.

É por isso que devemos alimentar o nosso subconsciente com pensamentos positivos, altruístas, de prosperidade, de abundancia, de amor, de paz e tranquilidade para que esses pensamentos cheguem até o consciente e o façamos realidade.

Mas, como ultrapassar esse portão de entrada que é o consciente, o eu inferior. Bem, devemos aproveitar os meios como a meditação em horários adequados para deixar fluir esses bons pensamentos do subconsciente para o consciente. Ao acordar e antes de dormir são os horários mais pertinentes pois o nosso consciente está “adormecido” e pouco alerta. Então aproveitaremos esse momento especial e mágico para introduzir na nossa mente os pensamentos e palavras do subconsciente de acordo com o que desejamos.

O nosso consciente “registra” tudo o que vê ao seu redor, e todas as vibrações são atraídas por ele. Então, é importante não focar em pensamentos de perigo, de violência, de desamor, de egoísmo. É fundamental evitar assistir cenas de violência na TV durante a maior parte do dia. Tudo isso se reflete no consciente em forma de pensamento. É imprescindível evitar pensamentos e ações que não condiz com os nossos anseios e desejos mais profundos. Por tanto, é uma tarefa hercúlea evitar tudo isso já que vivemos num mundo cheio deles e nossa mente é invadida por eles.

O exercício de alimentar a nossa mente subconsciente e permitir que esses pensamentos penetrem na nossa consciência é o nosso principal objetivo.

O nosso eu inferior é o nosso ego. Ele é o responsável de nossas ações, de nossa personalidade, de tudo o que nos faz ser “nós mesmos”. O eu inferior é o que nos provoca reações descabidas e impulsivas. Ela é despertada pelo nosso instinto “mais baixo”, quase animal e nos faz agir de acordo com a nossa personalidade.

Ele sofre, ele xinga, ele reage e, muitas vezes reage de forma negativa provocando conflitos inecessários na nossa vida. Se não procuramos controla-lo devidamente, ele será a causa de todos os nossos sofrimentos.

O desentendimento nas relações humanas, o mal estar social, as provocações e respostas, os descaminhos e as ofensas, são todos produtos do “ego”, do eu inferior e são eles que provocam guerras, mortes e todo tipo de violências.

Como evitar que os fatores externos como violência, pensamentos negativos, doenças, brigas, guerras, fome, conflitos sociais, discórdias, ódios possam ter influência em nosso eu inferior?

Uma pergunta complexa, porém, não impossível de responder.

Em primeiro lugar, devemos ter o pleno conhecimento de que tudo no universo, tudo na criação, tem duas faces. Quando falamos de branco temos o preto, temos amor e ódio, guerra e paz, pai e mãe, luz e escuridão, tristeza e alegria, tranquilidade e sofrimento, primavera e outono, inverno e verão.

Tudo acontece como um pêndulo que vai e bem eternamente. Todo momento de felicidade é passageiro, todo momento de amor nunca é para sempre, sempre o pêndulo vai e vem. Então devemos, através da meditação constante, elevarmos o nosso “Eu superior” – que é a nossa centelha divina, nossa alma, o nosso superconsciente– ao encontro com o Eu superior universal, ou seja Deus, e então evitaremos que, quando o pêndulo da face negativa invadir nossa vida, nos afete, porque estaremos imunes a ele, porque estaremos em comunhão com Deus, com o Eu superior Universal. Quando o pêndulo voltar a se mover para o positivo, então nos o absorveremos e poderemos aproveitar esse momento mágico da existência.

Dito de outra forma, “essa elevação ou comunhão com Deus” é a oração, é a fé.

Não é fácil encontrar “esse equilíbrio” na vida, mas vale a pena tentar alcança-lo. Isso faz parte da expansão da consciência.

 

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