CAPÍTULO III
“A
CONSCIÊNCIA”
O EU INFERIOR: A porta de
entrada
A nossa consciência é o nosso
“Eu Inferior “ou seja, os nossos sentidos, nossas experiencias de vida, a nossa
personalidade, aquilo que pensamos e por que agimos, nossas opiniões, nossos
medos, receios e anseios.
A consciência é também a
porta de entrada do Subconsciente. Ela bloqueia qualquer pensamento que possa
nos expor ao perigo, e através do medo, ela nos alerta sobre qualquer motivo em
que a nossa vida é ameaçada por qualquer fator externo.
O medo é útil e
necessário para nos deixar em alerta máxima, para que possamos evitar seguir
aquele caminho que nos conduz diretamente ao abismo, em todos os sentidos. Mas,
quando o medo é paralisante, então ele deverá ser extirpado de nossa
existência. Já falaremos mais adiante sobre o medo e como evita-lo para o nosso
bem.
Então, o subconsciente –
que não distingue pensamentos bons ou ruins – manda tudo para o consciente, e
ele, como porta de entrada, bloqueia ou permite que esses pensamentos se façam
realidade. Muitas vezes focamos tanto
num pensamento oposto ao que desejamos – por medo – que ele acontece,
justamente porque não o bloqueamos, e sim permitimos que ele se manifeste em
nós.
É por isso que devemos
alimentar o nosso subconsciente com pensamentos positivos, altruístas, de
prosperidade, de abundancia, de amor, de paz e tranquilidade para que esses
pensamentos cheguem até o consciente e o façamos realidade.
Mas, como ultrapassar
esse portão de entrada que é o consciente, o eu inferior. Bem, devemos
aproveitar os meios como a meditação em horários adequados para deixar fluir
esses bons pensamentos do subconsciente para o consciente. Ao acordar e antes
de dormir são os horários mais pertinentes pois o nosso consciente está
“adormecido” e pouco alerta. Então aproveitaremos esse momento especial e
mágico para introduzir na nossa mente os pensamentos e palavras do
subconsciente de acordo com o que desejamos.
O nosso consciente
“registra” tudo o que vê ao seu redor, e todas as vibrações são atraídas por
ele. Então, é importante não focar em pensamentos de perigo, de violência, de
desamor, de egoísmo. É fundamental evitar assistir cenas de violência na TV
durante a maior parte do dia. Tudo isso se reflete no consciente em forma de
pensamento. É imprescindível evitar pensamentos e ações que não condiz com os
nossos anseios e desejos mais profundos. Por tanto, é uma tarefa hercúlea
evitar tudo isso já que vivemos num mundo cheio deles e nossa mente é invadida
por eles.
O exercício de alimentar
a nossa mente subconsciente e permitir que esses pensamentos penetrem na nossa
consciência é o nosso principal objetivo.
O nosso eu inferior é o
nosso ego. Ele é o responsável de nossas ações, de nossa personalidade, de tudo
o que nos faz ser “nós mesmos”. O eu inferior é o que nos provoca reações
descabidas e impulsivas. Ela é despertada pelo nosso instinto “mais baixo”,
quase animal e nos faz agir de acordo com a nossa personalidade.
Ele sofre, ele xinga, ele
reage e, muitas vezes reage de forma negativa provocando conflitos inecessários
na nossa vida. Se não procuramos controla-lo devidamente, ele será a causa de
todos os nossos sofrimentos.
O desentendimento nas
relações humanas, o mal estar social, as provocações e respostas, os
descaminhos e as ofensas, são todos produtos do “ego”, do eu inferior e são
eles que provocam guerras, mortes e todo tipo de violências.
Como evitar que os
fatores externos como violência, pensamentos negativos, doenças, brigas,
guerras, fome, conflitos sociais, discórdias, ódios possam ter influência em
nosso eu inferior?
Uma pergunta complexa,
porém, não impossível de responder.
Em primeiro lugar,
devemos ter o pleno conhecimento de que tudo no universo, tudo na criação, tem
duas faces. Quando falamos de branco temos o preto, temos amor e ódio, guerra e
paz, pai e mãe, luz e escuridão, tristeza e alegria, tranquilidade e sofrimento,
primavera e outono, inverno e verão.
Tudo acontece como um
pêndulo que vai e bem eternamente. Todo momento de felicidade é passageiro,
todo momento de amor nunca é para sempre, sempre o pêndulo vai e vem. Então
devemos, através da meditação constante, elevarmos o nosso “Eu superior” – que
é a nossa centelha divina, nossa alma, o nosso superconsciente– ao encontro com
o Eu superior universal, ou seja Deus, e então evitaremos que, quando o pêndulo
da face negativa invadir nossa vida, nos afete, porque estaremos imunes a ele,
porque estaremos em comunhão com Deus, com o Eu superior Universal. Quando o
pêndulo voltar a se mover para o positivo, então nos o absorveremos e poderemos
aproveitar esse momento mágico da existência.
Dito de outra forma,
“essa elevação ou comunhão com Deus” é a oração, é a fé.
Não é fácil encontrar
“esse equilíbrio” na vida, mas vale a pena tentar alcança-lo. Isso faz parte da
expansão da consciência.
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