terça-feira, 18 de maio de 2010

TEMPUS FUGIT (I)


Hoje me perguntei o que é o tempo e o que é a eternidade. Sei que as duas coisas estão conectadas. O tempo é uma fração da nossa existência. Existe tempo porque temos vida. A vida é imutável ou é o tempo que muda sempre a nossa vida? E ela sempre é a mesma, nada muda ou fica estática?...O tempo é o limite da nossa vida? Uma fração de tempo é o que vivemos neste exato momento e não volta atrás, nunca mais? Na minha consciência procuro estabelecer o nexo entre o tempo e a eternidade. Eternidade é infinita, sem começo e sem final. E apesar de que o tempo se move, foge a cada segundo; eu posso “congelar” na minha memória essa fração de tempo e guardá-la para sempre, isso é eternidade. A eternidade não tem principio nem fim, sempre existiu e sempre existirá. Eu sou eterno e imortal porque tenho um traço de eternidade. Apesar de “passar por um tempo na minha vida”, o que eu vivo, sinto e escrevo, isso me faz eterno porque guardo dentro de mim para sempre.
Eu sou produto de uma criação. Acredito que a minha alma é eterna porque foi criada na eternidade para atravessar um tempo. O tempo passa, mas o que eu vivi fica na minha consciência e na minha memória.
O amor é eterno, porque pelo tempo que eu quiser, ele pode permanecer vivo na minha memória, na minha alma, nas minhas entranhas, na minha essência. Isso é eternidade.
Tudo o que vivo, e no momento em que vivo, assim como tudo o que sinto e o que me emociona é inesquecível para mim no tempo. O tempo é o presente em que vivo. O que passou já faz parte dos arquivos da minha história, da minha eternidade.
O tempo foge das nossas mãos a cada momento. Mas, se o tempo for um período intenso de cada tempo presente nosso, então é como se vivêssemos uma eternidade e isso nunca terminará. Permanecerá vivo dentro de nós.
O mistério da morte, da morte profunda e verdadeira é algo que, as vezes, se fixa na minha mente. A morte é o final da vida? Existe vida após a morte? Para mim, a morte é certamente um final de uma etapa, de um período da vida presente, mas também é a fronteira para outra vida que não conhecemos. Então o nosso “Eu”, nosso espírito é eterno, ele não morre, ele é vivo em si. Estas questões, humanas e filosóficas, fazem parte da própria eternidade do tempo.

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